O
cenário e a importância do esporte para sociedade
Por: Jéssica
Griep Timm
O esporte exerce um papel fundamental na
formação de crianças, jovens e adultos. Em um momento em que a violência se
tornou banal na sociedade em geral, o esporte cumpre uma importante função no
papel de inclusão e transformação social.
Além dos inúmeros benefícios à saúde, é notório
que a prática esportiva tem também, uma capacidade enorme quanto a formação de
valores do cidadão. Liderança, trabalho em equipe, respeito, estes são alguns
dos exemplos vivenciados dentro desta prática. Através de uma partida de
futebol na rua, de um jogo de vôlei na escola ou de um jogo de basquete na
praça, as pessoas se relacionam, criam vínculos de amizade e o mais importante,
respeito uns pelos outros. É essa sociabilidade e essa troca de vivências que
nos agregam valores e nos provam mais uma vez, que o futebol não é só futebol e
que o esporte não é tampouco somente lazer e diversão.
É sabido que a homofobia e o machismo estão
presentes e vem crescendo cada vez mais em nossa sociedade. E no esporte, podemos
observar isso claramente, com frases como “futebol é coisa para homem”. No entanto,
para contrapor essa ideia e mostrar que o esporte deve ser e é para todos, em
abril de 2015 surgiram os Unicorns Brazil, o primeiro time de futebol amador LGBT
do Brasil. No mesmo ano ainda, surgiram também, os Bees Cats, o primeiro time
carioca assumidamente gay do Rio de Janeiro. E não parou por aqui. Para
incentivar cada vez mais o crescimento de novos clubes para jogadores gays, os
dirigentes das duas equipes André Machado (Bees Cats) e Bruno Host (Unicors
Brazil), criaram a Ligay, a primeira Liga Nacional de Futebol para homossexuais.
Um importante passo dado para a busca de um cenário mais inclusivo, também no
esporte.
Da mesma forma como o futebol LGBT é
desvalorizado, o mesmo ocorre com o feminino. Essa parece uma tecla que se
repete constante quando o assunto é esse. Essa visão de boneca para menina e
bola para meninos ainda permanece. E é primordial que haja uma mudança quanto a
isso. Há sim, mulher que gosta de futebol e há sim, mulher que joga futebol e isso
deveria ser encarado de forma normal e acima de tudo, com respeito. Embora
vários países possuam esse apoio e essa valorização tão almejada pelo futebol
feminino, no Brasil, é o preconceito que ainda prevalece, infelizmente.
O chamado “País do futebol” ainda precisa mudar
muito quanto aos seus parâmetros. É necessário que se ultrapasse dogmas antigos
como esse de que o futebol é somente para homens ou para héteros. O futebol é de
todos e é para todos. Homens, mulheres, negros, brancos, gays, isso tampouco
importa. O essencial é que busquemos um contexto de respeito e igualdade para
com todos os praticantes desse esporte tão amado e que assim, façamos valer o
que chamamos de “País do futebol”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário